sábado, 31 de maio de 2008

Peripécias urbanas e muitos tipos de Passageiros exóticos, digamos.

Estava pensando no que eu poderia escrever nesse sábado frio, muito frio, diga-se de passagem, a temperatura na madrugada passada bateu 1 grau, chegando a zero grau, meus dedos congelados, daí me veio um assunto que há dias eu ando querendo postar e me esqueço..
Um problema que aflige a maioria dos jovem que como eu, não tem carteira de motorista, não anda de lotação e anda de ônibus, mas andar de ônibus, não é o problema, o problema são as pessoas, não as pessoas de um modo generalizado, mas sim perfis específicos, aqueles indivíduos "ligeiramente" acima do peso que ficam no meio do ônibus, obstruindo a passagem alheia, ou aqueles senhores que ficam escutando forró, ou músicas do gênero no volume máximo, tão alto que a metade dos passageiros escutam, há também aquelas mulheres, que não são idosas e nem novas, digamos "meia idade", que se deparam com um jovem que nem eu e ficam paradas na frente e ficam te olhando, sabe aquele olhar de chantagem, aquele olhar tipo cão sem dono, é uma pressão psicológica pra ti ser educado e ceder o lugar, não sei as vezes eu não cedo, me sinto meio desumano, e deixo pra outro se humano agir bondosamente..
Sem contar com aquele "empurra-empurra" típico de ônibus, onde tem muitas pessoas mal humoradas indo trabalhar ou fazer qualquer outra coisa, que quando passam por ti te atropelam, pisam no teu pé e não tão nem aí, tem aquelas universitárias que andam com mochila, sabe aquelas de lado? ou bolsa, as vezes andam com os dois e mais uns 4 livros em baixo do braço, tem também, aqueles velhinhos que colocam meio litro de perfume e passam por ti e o cheiro fica por mais 10 minutos, uma coisa insuportável, mas eu vejo pelo lado positivo, poderiam ser aqueles caras que pegam o ônibus as 6 horas da tarde fedendo, depois de um dia inteiro na labuta.
Mas tem uma coisa que me deixa muito indignado é aquelas pessoas que dormem a viajem inteira e se levantam do nada e não se ligam que tem umas 300 pessoas entre ela e a porta, saem atropelando todo mundo e gritando "déééééésssceeeee", realmente é incrível isso..
Ouço muito também papos "estranhos" entre os conhecidos que pegam o mesmo ônibus, não que eu fique escutando, pois sempre estou com meus fones de ouvido, escutando meu som, bem tranquilinho, mas são assuntos que vão desde fococas das 'gurias' da escola até sobre o desenrolar da trama da novela das 8 que não é as 8 é as 9.
Aaaah, já ia me esquecendo daqueles horários, no mínimo desprivilegiados que eu pego o ônibus, o horário escolar, meu Deus, entra uns 2o ou 30 em uma parada só, e a metade passam por baixo da roleta, alguns tem a fichinha, só que já gastaram com "quitutes na quitanda da esquina", (me surpreendi com essa frase, ela saiu agora sem querer, parece frases de escritores a nível Machado de Assis), e a ocupação do corredor fica sob disputa, pois aquela velha lei que dois corpos não ocupam o mesmo lugar, ainda prevalece.
Penso eu, que as histórias envolvendo passageiros, sempre vai existir, pois no ônibus existem uma grande quantidade de pessoas de raças, crenças e gostos diferentes, que convivem, nem que seja por alguns minutos por dia, com a pessoa totalmente diferente ao lado, do lado, de pé ou sentado.
Mas eu não posso fazer nada, os ônibus continuaram desumanamente lotados, e eu continuarei a usá-los até ter o meu carro, mas sem dúvida eu me divirto muito com essas peripécias que acontecem dentro desse transporte, tipicamente urbano, popular.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Porquês Existenciais, Paralisantes e as Questões Permanecem..

Perguntarmos os porquês da Natureza e da vida que nos cerca, bem como os porquês existenciais, éalgo próprio de ser humano. Essa curiosidade e o desejo de descobrir o funcionamento das coisas, os porquês das regularidades– e irregularidades – na Natureza e na vida humana nos levaram ao fantástico cabedal de conhecimentos científicos e tecnológicos de que hoje dispomos.
Se Isaac Newton não se tivesse perguntado por que a maçã caíra em sua cabeça, talvez não tivessedescoberto a lei da gravidade. Os porquês existenciais criaram a Filosofia, a Psicologia e a Psicanálise. Outras ciências humanassurgiram pelo mesmo motivo: com os homens se questionando.
Essa curiosidade levou a humanidade a evoluir, na busca de conhecimentos e de soluções para os seus problemas. Entretanto, há um outro tipo de porquês que são paralisantes. Quantas vezes já nos perguntamos por que nos acontecem certas coisas que não podemos compreender e que nos trazem muito sofrimento? Por exemplo: por que a fulana me abandonou? Por que não quis casar comigo? Por que estapessoa teve que morrer? – logo agora; ou, tão moça; ou, de uma doença tão terrível; ou, de um acidente tão trágico? Ou ainda, por que esta pessoa, ainda moça, se foi, e aquela outra, tão mais velha e doente, não? Por que minha – ou meu pai – não me amou? Por que fui uma criança rejeitada? Ou, um dos porquês mais comuns: por que esta pessoa, tão boa, tão honesta, está passando por este sofrimento, enquanto aquela outra, tão má , está numa boa? E assim por diante... Estes porquês, ao contrário dos anteriormente citados, são paralisantes. Simplesmente, porque para eles não há resposta. Não temos como saber. Só Deus tem estas respostas, e nos é vedado saber o porquê de nossos destinos, ou, para quem não crê em “destino”, de determinados acontecimentos em nossas vidas, que nos causam dor. Eu os chamo de “paralisantes”, porque eles nos levam a lugar nenhum.Ficamos “amassando barro”, em círculos, sofrendo, sem poder avançar. Na vida há que aceitarpelo menos uma coisa: não há resposta para todas as nossas perguntas. Ponto.E com isso temos que conviver, queiramos ou não. É um fator limitante. Não há como desmancharmos isso: somos limitados, não podemos tudo, nem sabemos tudo.
Há, porém, uma luz no fim do túnel: é possível – já que necessário – conviver com esta limitação. Nosso aparelho psíquico tem a capacidade de conviver com a falta, com os limites, com o mistério. Isso posto, o que podemos fazer a respeito? Uma saída é aceitar que há limitação e que há perguntas para as quais jamais teremos resposta. Outra saída é fazer outro tipo de pergunta: qual a minha implicação no mau relacionamentocom meu cônjuge, meu chefe, meu vizinho?Que sinais eu não soube ler – ou, não quis ler – no relacionamento rompido ou fracassado? Será queele (ela) nunca demonstrou que não correspondia às minhas expectativas? Será que aquele que é tão correto, tão honesto não errou confiando demais no sócio que deu o desfalque? Será que poderia – ou deveria – ter tomado precauções? O reconhecimento de que temos responsabilidade frente ao acontecido, vai nos abrir novas oportunidades de refazer a vida, principalmente fazendo com que saiamos do lugar de vítima em que nos colocamos ao fazer essas perguntas paralisantes. O que eu posso fazer para reorganizara minha vida, agir com mais cautela, com mais sabedoria, no futuro? Esse tipo de pergunta vai gerar movimento em nossas vidas, vai gerar mais flexibilidade, um olhar relativo às questões que surgem. Podemos sempre girar o ângulo de nossa ótica sobre o mundo, descobrindo novas facetas que nos darão mais espaço de ação, ao invés de ficarmos paralisados. O principal é sairmos do lugar de vítima, ou da impotência a que muitas vezes recorremos, e nos
posicionarmos de forma saudável, e responsável, perante as tribulações. Se estamos implicados no que nos aconteceu, também estamos implicados em achar as saídas para a superação dos nossos problemas.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Tempo, tempo, -tempo?

Já passsaram-se algumas semanas e eu não postei, devido a falta de tempo..

Nunca temos tempo. Para ser e até para não ser. Para arrumar ou desarrumar.
Nunca temos tempo. Para trabalhar ou rever amigos ou descansar e desfrutar as distrações.
Não temos tempo a perder, muito menos a ganhar. Tempo é espaço, estar perto para conseguir voltar. Não tenho tempo para responder mensagens, não tenho tempo para ir à praça. Diversão termina rápido. Minha boca é um relógio de corda.
Existe um único antídoto para a falta de tempo. Um único. Estar apaixonado. Esquecer de si para inventar o desejo. O desejo transforma-se no próprio tempo. Tudo é adiado. A dispersão nos leva a reparar nas janelas, nos interruptores, nos sapatos dos colegas. As córneas se abaixam. Nada mais tem tanto significado do que se aprontar, ensaiar e aguardar perfumado o encontro. Passar as roupas é uma necessidade. Os vincos são desafiados com inusitada paciência. Depilamos a agenda. Compromissos sérios pulam de casas e horários. Antes imutáveis, as reuniões trocam de vôo de modo nervoso. O trabalho passa violentamente rápido. Não há o medo de ser demitido, o medo de se proteger, o medo de repetir as relações passadas, a segurança de prever. Cada um assume uma condição noturna, intermitente, o olhar abobado e a vontade excessiva. A imaginação pára a escrita em um só nome.
-Como eu não estou apaixonado, continuo sem tempo...
Então últimamente ando na correria, direto, estou aprendendo direto a usar uns programas e estabeleci um meta e estou em busca dela, isto me custa todo meu tempo, mas eu vou conseguir.
-vou mesmo.
-me aguardem!

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Filosofia do Garfield

*Coma somente se tiver fome...
*Durma somente se tiver sono...
*Abrace muito, beije mais ainda e ria, já que a vida é de graça...
*Peça! Sempre haverá alguém que lhe dará o que você está precisando...
*Despeça-se do que já passou. Quem vive de passado é museu...
*Pare de se preocupar...
*Simplifique sua vida...
*Cometa novos erros...
*Perdoe-se por suas burrices e fracassos...
*Deixe bagunçado...
*Acredite no amor...
*Expresse a sua individualidade...
*Lembre-se de rezar para agradecer. Você já recebeu mais do que suficiente para crescer e ser feliz...
*Faça alguma coisa que sempre desejou fazer, mas que tinha vergonha...
*Adote a filosofia do cavalo na parada de 7 de Setembro: Andando, sujando e sendo aplaudido...
*Não perca tempo em discussões inúteis. Ao invés de brigar cante uma canção...
*Grandes amizades não se perdem em pequenas disputas.. Se se perderem, é porque não eram nem amizades, muito menos grande...
*Siga os mandamentos... e SEJA SEMPRE MUITO FELIZ!!!!!

Ao ler isso não pude deixar de postar!
Que filosofia, que utopia!

Chuva, Ciclone e Sem Luz

Fiquei sem luz desde sexta-feira até domingo de noite, mas não só sem luz, sem água, net, internet, telefone, nada funcionava.

Imprevisívelmente esse ciclone extratropical arrasou a cidade mesmo, casas destelhadas, árvores caídas no chão, em casas e postes arrancados e jogados no meio da estrada, uma morte perto da minha casa, terrível.

Tamanha a fragilidade e caos dos nossos meios de socorro, que foram insuficientes para atender todos os pedidos de socorro ou de prestação de serviço, o telefone da companhia de telefone e luz, ocupado direto, sem resposta, só a brigada recebeu mais de 6 mil chamadas em uma única manhã..

Temos que repensar em serviços emergenciais, rápidos e eficientes,para situações como esta.

E rápido.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Maturidade, Abnegação e mais Questões

Um assunto que me intriga muito, é até que ponto ter maturidade, influência a personalidade das pessoas? resolvi postar sobre esse assunto, depois que eu recebi um recado que dizia isso:

Maturidade

É o poder de controlar a raiva e de resolver problemas sem violência e destruição.
Maturidade é paciência. É disposição para abrir mão de um prazer imediato com vistas a uma vantagem a longo prazo.
Maturidade é perseverança. É empenhar-se fundo em um trabalho, a respeitar toda oposição dos contratempos desalentadores.
Maturidade é abnegação. É atender as necessidades alheias. Maturidade é a capacidade de enfrentar o desagradável e a decepção, sem se tornar amargo.

Cheguei a conclusão que essas definições de maturidade estão fielmente corretas em seu todo. Mas o ponto alto para mim, nestas definições ocorre em dois instantes, um é nesta palavra abnegação, mas o que seria abnegação? procurei no meu velho e sábio dicionário, um livro que muitas pessoas nunca pegaram na mão, depois que saíram da sétima série, onde estudaram os tempos verbais, e li que vem do latim abnegatione, que significa: renúncia da própria vontade;
desapego do interesse próprio; generosidade com sacrifício; altruísmo.
O último significado me diz tudo, diz o que eu estava procurando, altruísmo, que nada mais é que o amor ao próximo, mas pera aí, esse não é um dos mandamentos?? Então eu respeitando os mandamentos, eu de "tabela" estarei possuíndo outras qualidades, que implicam em no meu caráter? É..Eu já percebi isso e isso se também aplica para os não cristãos, é universal.
E no segundo momento, o que seria enfrentar o desagradável, sem se tornar amargo?
Talvez seria enfrentar os obstáculos da vida sem perder as esperanças, ter em mente que amanhã será um novo dia e que se não vencemos hoje, venceremos amanhã, poderia ser também não perder o bom humor e a alegria diante um problema? Pois tem muitas pessoas que quando encontram uma pedra na sua frente, elas transformam isso em uma montanha e ficam deprimidas, desequilíbradas mentalmente, pelo visto, essas questões ficam sempre em aberto para discursão...
Mas você pode estar se perguntando: Aonde esse cara quer chegar?
Eu te digo, ou melhor, eu te pergunto: Uma pessoa madura, necessariamente tem que ter um espírito maduro? Uma pessoa madura, pode ter um espírito jovem? E uma pessoa jovem, madura, pode ter o espírito "Velho"?
São questões que me vem a cabeça, quando eu olho indivíduos com idade "avançada", com o mesmo vigor, humor e disposição que um jovem como eu, e jovens como eu, que tem a maturidade de um adulto, então ter maturidade independe da idade?
São questões que em uma roda de amigos e com um bom chimarrão renderia muito assunto..