domingo, 22 de junho de 2008

A árvore e meus Amigos

Um clima bastante aconchegante na minha casa, no embalo de uma sexta feira fria, um sábado bem tranquilo, levantei na hora que eu quiz, ao pé do ouvido um belo som, rapidamente me vesti melhor, roupas mais quentes, luvas, meias; -duas meias, sábado foi um dia bem cinza, nublado, mas na parte da tarde o sol bateu na minha janela, então me esquentei um pouco nele, uma mateada com algumas bolachas, muito bom.
Uma pena que não mais vivo em casa, atualmente moro em apartamento, o que me priva daquele fogãozinho a lenha, a lareirinha, que maravilha, viria muito a calhar nesse frio, mas uma coisa me chamava atenção, quando tínhamos casa, com um quintal relativamente grande, meu pai gostava de plantar árvores, na maioria que davam frutos, como laranja, limão, tinha até um parreiral e eu tinha um vizinho, senhor de idade, que gostava de plantar árvores no enorme quintal de sua casa.
Às vezes, eu observava-o da minha janela, fazia um grande esforço, (devido sua idade avançada) para plantar árvores e mais árvores. O que mais chamava a atenção, entretanto, era o fato de que ele jamais regava as mudas que plantava. Passei a notar, depois de algum tempo, que suas árvores estavam demorando muito para crescer. Um certo dia, perguntei para o meu pai por que ele regava as plantinhas todos os dias e o vizinho não,
- ele não soube me responder,
Então entre uma mateada e outra perguntei se ele não tinha receio de que as árvores não crescessem, pois percebia que ele nunca as regava. Foi quando, com um ar orgulhoso, ele me descreveu sua fantástica teoria.
Disse-me que, se regasse suas plantas, as raízes se acomodariam na superfície e ficariam sempre esperando pela água mais fácil, vinda de cima. Como ele não as regava, as árvores demorariam mais para crescer, mas suas raízes tenderiam a migrar para o fundo, em busca da água e das várias fontes nutrientes encontradas nas camadas mais inferiores do solo. Assim, segundo ele, as árvores teriam raízes profundas e seriam mais resistentes às intempéries.
Disse-me ainda, que freqüentemente dava uma palmadinha nas suas árvores, com um jornal enrolado, e que fazia isso para que se mantivessem sempre acordadas e atentas. Após algumas semanas me mudei, pra perto onde atualmente moro e nunca mais o encontrei. Passados vários anos, meu pai e eu fomos aonde morávamos, a convite de uma amiga da minha mãe. Ao aproximar-me, notei um bosque que não havia antes, quando percebi que o velho, agora mais velho ainda, havia realizado seu sonho!
O curioso é que aquele era um dia de um vento muito forte e gelado, em que as árvores da rua estavam arqueadas, como que não resistindo ao rigor do inverno. Entretanto, ao aproximar-me do quintal dele, notei como estava sólidas as suas árvores: praticamente não se moviam, resistindo implacavelmente àquela ventania toda.
Que efeito curioso, pensei eu... As adversidades pela qual aquelas árvores tinham passado, levando palmadelas e tendo sido privadas de água, pareciam tê-las beneficiado de um modo que o conforto o tratamento mais fácil jamais conseguiriam.
Trazendo esse aprendizado pra minha vida, fiz um balanço das minhas amizades, e percebi que as relações atuais são muito superfíciais, não são como em outros tempos, onde as amizades eram que nem as raízes das árvores do meu velho amigo, a modernidade high tech, onde tudo é rápido e virtual, me espanto em pensar como será as amizades do meu filho, será praticamente virtual?Será que ele terá só contatos secundários?
Oh como é bom estar numa rodinha de amigos, nem que seja pra jogar conversa fora, ou receber, nem que seja, aquela ligação naqueles momentos difíceis, sem falar em conhecer pessoas novas, mas depois de refletir cheguei a um grupo muito seleto de amigos como as raizes do meu vizinho, mas fiquei muito feliz, pois se fossem muitos, eu ficaria com um "pé atrás", mas eu continuo com aquele velho bordão: "O que importa é a qualidade, não a quantidade", que nem os velhos vinhos, em que a constância, é um valor inestimável.

Morre Lentamente

Quem morre?

Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos,
quem não muda de marca,
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente quem evita uma paixão,
quem prefere o preto no branco e os pingos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade.

Ps: Não pude deixar de postar este belo poema do saudoso Pablo Neruda, que no próximo mês completará 35 anos da sua morte.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Solteirice, Nostalgia e no Meio Tempo a Dois

Então chega o dia dos namorados! Nas vitrines das lojas, nas propagandas da TV, nas músicas da rádio... Tudo lembra o amor, o romantismo e tudo o que se pode relacionar a eles. A última semana de maio comporta os dias oficiais da apreensão. Os que namoram ficam intranqüilos com a dúvida sobre o presente, se vão acertar ou não, os solteiros ficam inquietos, fingem passar batido por essa data, na qual é inevitável não pensar nem por um minuto nesse dia, já que a propaganda está por todo lado, as fotos de casais felizes e sorridentes em todos os cartazes de lojas..
O Dia dos Namorados é uma boa oportunidade para esclarecer o tipo de relacionamento que você tem. Hoje em dia, namoro em sua essência, é apenas uma das opções do variado cardápio de relacionamentos disponível no mercado.
Para quem se dá o luxo de ter namorado é um dia especial, é sinônimo de comemoração, com direito a jantar a dois, presentes, um bom vinho para esquentar a noite e, principalmente, muito beijo na boca, mas pífio para os solteiros, muitos por opção, mas essa tese não é bem aceita por mim, muitos solteiros tentam ignorar esse dia 12 de junho, tentam esquecer, apagar do seu calendário, mas isso também não quer dizer que o mesmo saia por aí desesperadamente, a procura de sua metade da laranja, percebo que esse dia carece de uma reflexão de sua vida pessoal, rever seus valores, buscar ser fiel a si próprio.
Aproveitar o “estado” de solteiro é fundamental. Sair com os amigos, sem compromisso, sem cobranças é muito bom, uma das maiores vantagens da “solterice” é a liberdade. A partir do momento que você está com alguém, há uma preocupação dupla. Você não passa tomar as decisões por ti, mas sim por nós, a tua decisão não é mais no singular, é no plural.
Isso as vezes me assusta, esse pensar a dois, é algo, sem sombra de dúvidas, muito intrigante pra mim, mas ao mesmo que é intrigante, é estímulante, ir de encontro a coisas novas, é sempre muito bom.
O necessário é dançar conforme a música como dizia minha vó, seja casados, solteiros, “enrolados”, noivos ou, simplesmente, apaixonados. O que importa é exercitar um dos melhores jogos do amor: a paquera. Nada mais gostoso do que uma troca de olhares, a troca de telefones e a ansiedade do primeiro encontro. Indispensável mesmo é namorar muito, todos os dias do ano.
Tá bom, tudo que eu escrevi pode ser só babaquices de um solteiro no dia dos namorados, tentando se desculpar pela sua solteirice, confesso que sinto uma pontinha de vontade de estar a dois nesse dia, mas esse dia é um dos mais longos do ano, qualquer tipo de som, se torna surreal pra mim, ligo a tv tem aquele maldito caso nardoni que não acaba mais, ligo o rádio, tem só baladas românticas, fico com muita preguiça, vou a janela aquele friozinho nostálgico, olho no relógio e só se passaram 5 minutos e eu fico com aquela sensação: Ih Fudeu!
Talvez escrever isso é uma defesa, mas é uma defesa muito complicada, pois todos os solteiros reclamam das mesmas coisas, sofrem as mesmas dores, sentem-se sós domingo à tarde, sentem falta da 'conchinha' quando chega a noite...
É algo que não se pode negar, o ser humano vem ao mundo só, e voltará só, o que é o importante é que nesse meio tempo, você não fique só..
fique a dois.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

O Martelo e Eu

Imagine um martelo.
Ele foi desenhado para bater pregos. Foi para isso que ele foi criado. Agora imagine que o martelo nunca é usado, fica lá jogado na caixa de ferramentas. O martelo não se importa.
Agora, imagine o mesmo martelo com uma alma, com consciência própria. Dias e dias passam e ele continua na caixa de ferramentas. Ele se sente meio estranho, mas não sabe exatamente o porquê. Alguma coisa está faltando, mas ele não sabe o que é.
Então um dia alguém o retira de dentro da caixa de ferramentas e o usa para quebrar alguns galhos para pôr na lareira. O martelo fica cheio de alegria. Ser segurado, utilizado com eficácia, batendo nos galhos -ele ama aquilo.
No final do dia, entretanto, ele ainda se sente insatisfeito. Bater nos galhos foi divertido, mas não era o bastante.
Algo ainda estava faltando.
Nos dias seguintes, ele foi usado freqüentemente. Desamassou uma calota, despedaçou algumas pedras, colocou o pé de uma mesa no lugar.
Ainda assim, continua insatisfeito.
Ele anseia por mais ação. Ele quer ser usado o máximo que puder para bater nas coisas ao seu redor, para quebrar, despedaçar e amassar coisas. Ele descobre que não experimentou o bastante desses eventos para se sentir completo. Ele quer fazer mais dessas mesmas coisas, ele acredita que é a solução para sua insatisfação..
Então um dia alguém usa o martelo num prego. De repente, uma luz invade a alma do martelo. Ele agora entende para que foi verdadeiramente projetado. Foi feito para bater pregos; que não tinha nem comparação com as outras coisas que ele bateu.
Agora ele sabia o que sua alma de martelo estava buscando por tanto tempo.
Você já se sentiu como este martelo? procurando a verdadeira satisfação, o sentido da sua vida?
A cada por do sol, eu me reciclo, tento tirar tudo que há de negativo em mim, encontrar o meu eu...
mas e o martelo, o que tem ele a ver comigo? tudo.
-Tudo.

Culpa Ecológica, Você é mais Altruísta ou Egoista?

Finalizando a semana do meio ambiente eu fico me sentindo muito culpado, quando vejo: Geleiras derretendo, animais em extinção, terremotos, inundações, tsunamis, incêndios...

É claro que o mundo está perto do fim. Se Jesus não voltar antes da água acabar ou de algum maluco soltar a próxima bomba atômica, o que eu não dúvido muito, estaremos fritos. Literalmente fritos.

Com isso em mente, quando o professor pede para tirar uma folha do caderno para passar a lista de presença ou fazer uma prova, você começa a calcular quantas árvores ele já derrubou, quantos metros quadrados desmatou e quantos créditos de carbono terá que comprar como perdão. Na hora de acordar às 6h30 num frio de 10ºC, você reluta em deixar a torneira aberta até a água esquentar. Trinta e sete litros desperdiçados... Seu filho irá pagar. Mas é isso ou sofrer de hipotermia e.. bem, todo filho tem que se sacrificar pelos pais.

Se identificou com as situações acima? Parabéns, você sofre de culpa ecológica. Você vive o meu dilema, o dilema de não saber se liga ou não para o meio-ambiente, para as próximas gerações, para o futuro da humanidade. Não se desespere, isso é normal. Todos somos um pouco egoístas e um pouco altruístas. Afinal, o equilíbrio entre os extremos é essencial, já ensinava Buda. Ajude o planeta no que puder, mas não vire as costas aos milhares de anos de desenvolvimento que trouxeram as comodidades de que usufruímos hoje. Não dá pra desprezar o esforço dos nossos ascendentes!

Agora pense: Você é mais altruísta ou mais egoísta?

É dessa resposta que o futuro do mundo vai depender

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Amazônia, Sueco e Quais as reais Intenções?

Justamente na semana que precede o dia do meio ambiente, ligo a televisão e me deparo com uma reportagem de um tal sueco que comprou uma região maior que Londres, adivinha aonde??
na Amazônia, eu fiquei muito intrigado e resolvi pesquisar e postar aqui, para que você que não está por dentro do assunto, se intere pelo menos um pouco...

Amazônia: pode ser um bom negócio?

Sueco acende polêmica sobre o colonialismo verde. Conheça os riscos

O pulmão do mundo está doente. Mas não se trata de enfisema, tampouco bronquite. O problema é a falta de bom senso. No mercado negro, estima-se que, por US$ 50 bilhões, é possível levar 'tudo'. Proposta irrecusável, não? Não é à toa que estrangeiros se deixam seduzir e apostam na compra das terras e biodiversidade brasileiras - um bem incomparável. Porém, em boa parte dos casos, muito mais do que a elite de primeiro mundo fazendo ofertas, há uma demanda enorme de brasileiros interessados em trocar, ilegalmente, o nosso verde pelas "verdinhas" deles.
Parece brincadeira, mas na verdade esta é uma realidade que o país já enfrenta há um bom tempo. Recentemente, um sueco de 53 anos, Johan Eliasch, adquiriu uma área superior à da cidade de Londres na Amazônia, com o objetivo de, em suas palavras, 'prevenir o desmatamento'. A ambição de possuir um pedaço de terra no coração da floresta lhe custou a bagatela de R$ 17 milhões (não confirmados oficialmente), pagos por 165 mil hectares de mata ao norte do Rio Madeira, no centro da bacia amazônica. No entanto, a cobiça do milionário não pára por aí - é dele o cálculo de que seriam necessários US$ 50 bilhões para lotear o resto da Amazônia.
A questão trouxe à tona, mais uma vez, a polêmica discussão do "colonialismo verde" - nome dado ao processo em que países ricos compram áreas florestais de nações pobres para garantir a sua preservação. Alguns especialistas chegaram até cogitar uma nova forma de imperialismo. Além disso, outro fator que tem causado conflito é a pretensão do milionário Johan Eliasch em salvar a Amazônia. Será que está é uma saída ética para a preservação da nossa biodiversidade?

Bandeira do Imperialismo

Todo o cuidado é pouco para que ações como estas não se transformem em novas formas de dominação das grandes potências. Como forma de precaução, explica o professor e especialista em direito ambiental da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba) Paulo Affonso Leme Machado, cita três elementos essências: direito à informação; direito à participação; e amplo acesso aos meios judiciais. "Esta é uma preocupação que existe desde 1978, com a criação do direito ambiental. O 'colonialismo verde' parece estar longe de acontecer, mas, como forma de prevenção, existe a legislação", assegura Machado.
Qualquer espaço territorial ecologicamente importante desperta o interesse da humanidade. Por isso, a Amazônia é capaz de aguçar o interesse de diversas pessoas, principalmente estrangeiras. No entanto, é preciso ressaltar que o "pulmão do mundo" é um patrimônio nacional e está protegido pela própria Constituição federal. "Os benefícios podem ser globais, mas o poder é do Brasil e, em princípio, não há quem mude isso", conclui o especialista Machado.
Na visão da pesquisadora e professora da UNAMA (Universidade da Amazônia) Voyner Ravena Cañete, os países do chamado primeiro mundo lançam mão do discurso de que estamos acabando com o ecossistema da América Latina, portanto é preciso privatizá-lo para garantir a biodiversidade. "Esse é um elemento utilizado ideologicamente para justificar o domínio externo sobre a Amazônia. O Brasil precisa ficar muito atento à determinadas ações e intenções", alerta.

Bem público, investimento privado?

Mesmo entre os ambientalistas, são muitos os que acreditam na privatização como alternativa eficaz para a prevenção das florestas tropicais. A iniciativa, inclusive, está prevista no SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservação). Desta forma, qualquer pessoa pode dispor de sua terra para fins de conservação, constituindo uma RPPN (Reserva Particular de Proteção Natural). "Assim, o proprietário recebe ainda benefícios pela legislação brasileira, tais como a isenção do ITR - Propriedade Territorial Rural", afirma o campaigner do Greenpeace na Amazônia André Muggiati.
Mas, na opinião do diretor do Programa Nacional de Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Tasso Azevedo, é incorreto dizer que o sueco gastou alguns milhões de seu patrimônio para salvar uma porção de terra. "O local já vinha sendo cuidado com trabalho certificado. O máximo que ele vai fazer é parar as atividades de manejo sob o discurso de preservar. Algo que, neste caso específico, é contraproducente", garante. "Ele não vai proteger nada, apenas retroceder um trabalho que está sendo desenvolvido", lamenta o diretor.
Voyner acredita que o poético discurso do sueco está tentando camuflar suas intenções reais. "Na realidade é um pronunciamento de proteção, quando na verdade está travestido de um discurso ideológico de apropriação", diz. O principal problema, no entanto, é a falta de aplicabilidade das leis brasileiras. "Temos uma Constituição extremamente bonitinha, mas para fazer valer e aplicar estas leis é preciso ter instituições sólidas. Algo que o Brasil não tem."
Comprar o terreno não é o suficiente para garantir que seja preservado. É preciso um investimento significativo na fiscalização dos bens. "Isso para evitar que a terra seja invadida e depredada", conta Muggiati. "Obviamente será um trabalho árduo. Se o próprio governo brasileiro tem dificuldade em fazer isso, será praticamente impossível um particular controlar as invasões", teme. A melhor solução, segundo o Greenpeace, é investir na criação de unidades de conservação. "Esta ação poderia contribuir de uma forma mais eficaz para a preservação da Amazônia", garante o campaigner.
Com isso, você deve estar perguntando: qual é a posição da legislação brasileira perante o acontecimento? Ok, sua indagação tem fundamento, afinal de contas estar exposto a estes riscos não é, ou pelo menos não parece ser, uma intenção do Brasil.

Limites legais

O diretor Tasso Azevedo assegura que todas as pretensões do sueco esbarram na Constituição. "Primeiro, é impossível comprar toda a Amazônia. Apenas 25% são disponíveis em títulos privados. O restante está sob tutela da nova lei de Gestão de Florestas Públicas", crava. Sancionado no início deste mês, o decreto autoriza o uso econômico da área por comunidades locais e a concessão para o manejo sustentável.
A titularidade das terras compradas por Eliasch, segundo o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), ainda está sendo investigada. No entanto, mesmo com a confirmação do título, a soberania da Amazônia continuará sendo do Brasil. Desta forma, todas as ações do sueco deverão ser condizentes com a legislação brasileira. "É preciso que todas as atividades, tanto de pessoas jurídicas ou físicas, estrangeiras ou nacionais, sejam executadas de acordo com a legislação brasileira", explica o professor e especialista em direito ambiental Paulo Affonso Leme Machado. "O fato de ser proprietário não lhe dá o direito de fazer o que bem entende com esse patrimônio."
De acordo com o Código Florestal, Eliasch poderá transformar até 80% da sua reserva legal. "No entanto, nestas áreas há a necessidade de um planejamento, um manejo ou uma gestão florestal supervisionada pelo poder público", conta Machado. E mais, embora Eliasch tenha alguns direitos sobre as terras compradas, não lhe garante o livre acesso à pesquisa e a nossa biodiversidade. "Fazer pesquisas na Amazônia não é tão simples quanto se pensa. Já existe uma medida provisória em vigor que coíbe este tipo de ação de modo desenfreado", alerta o professor.
Saber se os estrangeiros ou os próprios brasileiros estão cumprindo ou não a legislação brasileira está sob controle dos órgãos públicos e reguladores da Amazônia. No entanto, apenas as operações de fiscalização não resolvem o problema do combate à exploração ilegal de bens naturais.
Fonte: http://www.universia.com.br

Agora eu me pergunto, quais são as reais intenções deste sueco?
Será que realmente é com o intuito de preservação da floresta?
Ou por trás de tudo isso existe motivos subversos que ninguém sabe?
São coisas que só o tempo dirá, mas enquanto isso, sugiro que fiquemos de olho aberto com esse sujeito.